As gestações bioquímicas não são mais frequentes em mães com doenças tipo endometriose e outras como as inflamções das tubas, o que pode indicar que esses embriões estão fadados a morrer desde o momento da fertilização.
O aborto pré-clínico é uma realidade, contudo deve ser listado separadamente dos outros tipos de aborto e não deve fazer parte das estimativas de taxas de gravidez, a menos que sejam explicitamente estabelecidos. Análises de “follow-up” (o acompanhamento de um paciente) mostram como muitas pacientes com essas perdas precoces engravidam normalmente em um ciclo subsequente. Nossa experiência mostra que a situação é diferente daquela de pacientes com abortos causados por anomalias cromossômicas ou de pacientes com aborto tubário em virtude de patologia tubária (doenças das tubas uterinas). Por outro lado, algumas pacientes com gestação bioquímica anterior apresentam risco de aborto subsequente maior, possivelmente mais tardio na gestação, com um número também menor de partos.
Gestações Bioquímicas constituem uma verdade e um problema em Reprodução Assistida. De acordo com as estimativas de Edmonds (1982) 2/3 das gestações espontâneas terminam como abortos pré-clínicos. Sua frequência atual parece ser mais baixa e foi estimada em 22% de 198 gestações identificadas pelo aumento do beta-hCG, porém sem detecção ao exame de ultrassom (Wilcox AJ 1988). A maioria delas ocorreu em pacientes com espessura endometrial menor que 7 mm e sua origem não estava relacionada com os níveis de Estradiol (o hormônio feminino que promove o crescimento e desenvolvimento do revestimento interno do útero – o endométrio). Não se conseguiu determinar as suas causas.
Formas mais tardias de morte embrionária, tais como “Ovo Cego” e falta de partes do embrião podem ser detectadas pelo exame de ultrassonografia transvaginal e pelo aumento progressivo do beta-hCG. Nesses casos podemos determinar a causa: Insuficiência Lútea e Anomalias genéticas, de modo geral, estão listados na origem desses problemas.