A biópsia de um embrião consiste na remoção de um ou dois blastômeros para o diagnóstico genético pré-implantancional. Para o sucesso da técnica é preciso que o blastômero removido esteja intacto e apropriado para o procedimento de diagnóstico e que o embrião biopsiado mantenha o potencial para desenvolver e implantar dentro do endométrio.
O número de blastômeros a serem removidos dependerá do estágio de desenvolvimento do embrião. Quanto mais células estiverem presentes no embrião, mais células poderão ser retiradas na biópsia. Os embriões mais indicados para o diagnóstico de pré-implantação são os embriões em divisão celular com 8 células. Inúmeros estudos demonstram que um embrião com 8 células biopsiado tem o mesmo potencial de um embrião não biopsiado de chegar ao estágio de blastocisto, depois de dois ou três dias em cultura “in vitro”.
Usando a técnica de micromanipulação, o embrião é imobilizado com a pipeta de “holding” (imobilização). Um furo de aproximadamente 35mm é feito na zona pelúcida pela borrifação de solução ácida de Tyrode´s através de uma pipeta de diâmetro aproximado de 10mm. Uma vez que o furo tenha sido feito na zona pelúcida, a pipeta com o ácido de Tyrode´s é removida e os blastômeros são aspirados através do “furo” criado na zona pelúcida através de uma micropipeta de 35mm de diâmetro. Depois do procedimento de biópsia, os embriões são transferidos para o meio de cultura contendo G2.2 ou HTF + 15% SSS e cultivados in vitro em uma atmosfera a 37°C com 5% de CO2.
A verificação dos embriões quanto à sobrevivência após a biópsia é checada 1 hora após o procedimento, em microscópio invertido com aumento de 400X. O embrião é considerado intacto se os outros blastômeros permanecerem intactos.
MÉTODOS MAIS COMUNS DE DIAGNÓSTICO
A análise eficiente dos genes do DNA ou dos cromossomos pode ser obtida com apenas uma célula. Os métodos mais comuns de diagnóstico pré-implantação são a PCR (Polymerase Chain Reaction) e a FISH (Fluorescent “In Situ” Hibridization).

A PCR é uma técnica muito utilizada para análise de DNA a nível de um único gene. Utiliza apenas o DNA de uma única célula, pois o mesmo é amplificado “in vitro”, o que permite o diagnóstico teórico de qualquer doença genética cujo gene causador seja conhecido.
A FISH é uma técnica que permite a análise do DNA ao nível cromossômico. Tem a vantagem de fornecer resultados em apenas 2 a 4 horas. As doenças cromossômicas mais pesquisadas atualmente são aquelas que envolvem as trissomias de 13, 18 e 21. Através da FISH pode-se determinar com segurança o sexo embrionário, e portanto, inferir sobre doenças genéticas ligadas aos cromossomos sexuais.
TÉCNICA DE BIÓPSIA DE BLASTÔMEROS (esquema de fotos sequenciais)
