Como já salientamos anteriormente existem técnicas cirúrgicas simples para obtenção de espermatozoides nos casos de azoospermia. A partir delas tornou-se possível a gestação para homens com ausência de espermatozoides no ejaculado. É uma combinação da técnica de ICSI com uma dessas técnicas de recuperação de espermatozoides.
Os espermatozóides do epidídimo (glândula situada dentro da bolsa escrotal logo acima e colada ao testículo) são obtidos principalmente pela aspiração percutânea (através da pele) com agulha fina (PESA – do inglês percutaneous epydidimal sperm aspiration) precedida de anestesia local. Os espermatozóides dos testículos podem ser obtidos de duas formas: uma biópsia (TESE – do inglês testicular sperm extraction) ou uma aspiração com agulha fina (TESA – do inglês testicular sperm aspiration), ambas precedidas de anestesia local. Há casos de azoospermia em que a retirada cirúrgica dos espermatozóides dos testículos é feita por microcirurgia – o testículo é vasculhado sob visão microscópica para encontrar os espermatozóides – técnica que recebe o nome de MICROTESE. Esse é um procedimento mais demorado e requer anestesia de bloqueio pois pode demandar, as vezes, até 2 a 3 horas para se encontrar os espermatozoides.

TESA e TESE – Aspiração ou Extração percutânea de espermatozóides do testículo
Não há como prever a presença ou ausência de espermatozóides no tecido testicular de pacientes acometidos pela azoospermia não-obstrutiva, antes da realização das técnicas de TESE/TESA.

PESA – Aspiração percutânea de espermatozóides do epidídimo
A técnica da PESA é simples. O procedimento é feito com leve sedação, pois é doloroso. Uma agulha fina conectada a uma seringa de 1 ml é inserida diretamente no epidídimo, perpendicular à pele do escroto.