Da fecundação ao blastocisto – saiba o que acontece.

Da fecundação ao blastocisto

A reprodução humana é um processo fantástico e o desenvolvimento embrionário, encantador. Saiba mais, nesse artigo, sobre as etapas que vão da fecundação ao blastocisto.

Gerar uma nova vida leva, aproximadamente, 42 semanas. Essa odisseia biológica começa pela fecundação de um óvulo por um espermatozoide. Isso pode acontecer de maneira natural, em uma das tubas uterinas, ou em um laboratório especializado em reprodução humana, ao ser realizada uma fertilização in vitro.

Após a fecundação, os núcleos genéticos dos gametas feminino e masculino se fundem numa estrutura celular única, chamada de zigoto.

Imagem de um zigoto
Zigoto

Não demora muito para que o zigoto dê início às clivagens, ou segmentações, como são nomeadas as sucessivas divisões celulares que ocorrem nos primeiros dias após a fecundação do óvulo. Tais divisões celulares mitóticas irão transformar o zigoto em um embrião que, caso seja implantado com sucesso no útero (processo chamado também de nidação), irá se tornar um feto.

A primeira segmentação celular faz com que o zigoto seja dividido em duas células, chamadas de blastômeros.

O processo se repete de maneira gradual e os dois blastômeros multiplicam-se e tornam-se quatro, depois oito e, ao final do terceiro dia, aproximadamente, as células se multiplicaram o suficiente para formar um corpo celular de formato esférico. Assim chegamos à fase que recebe o nome de mórula. (Diminutivo do latim: Morus, amora).

Imagem de uma mórula
Mórula

A essa altura a massa celular embrionária é composta por cerca de 16 a 32 blastômeros e ainda encontra-se na tuba uterina que, aos poucos impulsiona a mórula em direção ao útero.

Cerca de 120 horas após a fecundação do óvulo, as células da mórula continuam sua clivagem para, em breve, tornar-se um blastocisto.

O que acontece quando os blastômeros começam a se posicionar na parte mais externa do corpo esférico que formaram e passam a secretar um líquido, que é armazenado em sua própria cavidade interna, a blastocela. Tem início, dessa forma, a fase do blastocisto ou blástula.

As células agora formam, além da blastocela, o trofoblasto que dará origem à placenta e o embrioblasto, corpo de células germinativas que precisa se fixar nas paredes da cavidade uterina para que a gestação se inicie e possa dar continuidade ao desenvolvimento do embrião.

Imagem de um blastocisto e as partes que o compõem.
Composição de um blastocisto

A nidação do embrião é, de forma evidente, uma etapa decisiva para o início da gravidez e, por isso, é um tema bastante debatido e pesquisado quando o assunto é reprodução humana assistida.

No contexto da FIV, via de regra, os embriões ficam de 2 a 5 dias em ambiente de cultivo no laboratório, sob o monitoramento de um embriologista, até que atinjam um estágio de desenvolvimento satisfatório que possibilite a transferência para o útero. Podem ser feitos exames como o diagnóstico genético pré-implantacional, com a intenção de averiguar se e quais embriões possuem rastros genéticos que indiquem a possibilidade de doenças hereditárias, por exemplo.

Aqui entram em cena fatores bastante específicos de cada caso, como as características das paciente, das camadas internas de cada útero, sua receptividade e ambiente favorável à implantação e das condições favoráveis dos embriões, que irão definir qual deles é o mais indicado a ser transferido para o útero e o momento propício para realizar a transferência.Por isso é importante conversar bastante com profissionais da área, tirar suas dúvidas e entender melhor as etapas que existem no processo de fertilização.

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