É possível ter filhos após a vasectomia?

É possível ter filhos após a vasectomia?

Dr. Flávio Garcia de Oliveira

A vasectomia é uma cirurgia que interrompe a circulação dos espermatozoides no sistema reprodutor masculino, impedindo que eles saiam na ejaculação. Dessa forma, os homens que optam pelo procedimento tornam-se inférteis. Isso não é um problema, pois é o que desejam no momento da cirurgia. Contudo, alguns acabam mudando de ideia. Isso ocorre muitas vezes quando casam pela segunda vez e desejam ter um filho com a nova esposa.

Diante deste novo cenário, é possível que ter filhos? Sim. Existem duas possibilidades: a utilização da técnica conhecida como PESA (Aspiração Percutânea de Espermatozoides do Epidídimo) associada à Fertilização In Vitro e a reversão da vasectomia. 

Como é feita a PESA?

Na vasectomia os canais deferentes são cortados para impedir a passagem do espermatozoide para o sêmen que será ejaculado. Quando isso ocorre, os espermatozoides ficam retidos no epidídimo, que se localiza na parte superior dos testículos. 

Na PESA, os espermatozoides necessários para realizar uma Fertilização In Vitro são aspirados do epidídimo com uma agulha fina. O procedimento é feito com leve sedação.

Caso não seja possível a retirada de espermatozoides do epidídimo, há possibilidade de ser realizada a extração de espermatozoides por meio de uma biópsia do testículo. 

Esses espermatozoides colhidos do epidídimo ou do testículo são utilizados para fertilizar os óvulos da parceira. Após três dias da fertilização, os embriões são transferidos para o útero da mulher. As chances de gravidez são boas, de 35 a 55%, segundo vários estudos. O tratamento dura aproximadamente de 30 a 40 dias, contando do início do procedimento até a descoberta da gravidez.

Reversão da vasectomia

A reversão da vasectomia consiste em religar os canais deferentes de forma a permitir a passagem dos espermatozoides novamente. O procedimento é realizado por meio de uma microcirurgia.

O sucesso da reversão está diretamente relacionado ao tempo em que a cirurgia foi feita. Homens com mais de 10 anos de vasectomia têm menores chances de reversão. 

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