Banco de óvulos congelados – Uma realidade!

Banco de óvulos congelados – Uma realidade!

Dr. Flávio Garcia de Oliveira

Em 2014, chamou atenção do mundo a notícia de que Facebook e Apple estavam instituindo programas que ofereciam até 20 mil dólares, hoje aproximadamente 77 mil reais, a funcionárias que estivessem dispostas a congelar seus óvulos. O objetivo, de acordo com as empresas, era o de aumentar a contratação de mulheres e de incentivá-las a investir na carreira, sem ter que deixar de lado a ideia de construir uma família.

Pensando em preservar a fertilidade para uma gravidez futura, cada vez mais mulheres procuram os bancos de congelamento de óvulos. E, além delas, muitos casais que realizam tratamentos de fertilidade necessitam do uso de óvulos doados, que podem ser preservados nestes bancos.  

A utilização de óvulos doados é indicada nos casos em que a mulher está acima de 38 anos, em pacientes que respondem mal ao estímulo da ovulação nos tratamentos de FIV, em mulheres com menopausa precoce (antes dos 40 anos), em casos de endometriose severa, ovários policísticos, abortos repetitivos, problemas imunológicos e por fatores genéticos.

Bancos de Óvulos Congelados

A vitrificação eliminou os efeitos danosos dos métodos mais antigos de congelamento e, com isso, melhorou a taxa de sobrevida desses óvulos após o descongelamento.

Desde o desenvolvimento da técnica conhecida como vitrificação, que permite o congelamento dos óvulos, vários centros de fertilidade pelo mundo criaram os seus “Bancos de Óvulos Congelados”.

O processo de ovodoação em que são utilizados óvulos frescos, mantém doadora e receptora num mesmo ciclo de tratamento. A doadora é estimulada para fornecer os óvulos e a receptora é preparada ao mesmo tempo para receber os embriões formados a partir da fertilização dos óvulos recebidos, ou seja, a receptora tem um preparo especial do endométrio que precisa ser feita ao mesmo tempo que a doadora faz a estimulação. Esse procedimento é chamado de sincronização dos ciclos.

Esses eventos de sincronização de ciclos podem gerar longas listas de espera e problemas logísticos relacionados com o dia da transferência dos embriões, o que geralmente causa muita ansiedade ao casal receptor. Por essa razão, muitos casais têm utilizado óvulos doados congelados.

Além disso, um estudo recente do Instituto Valenciano de Infertilidade, na Espanha, revelou excelentes resultados de taxa cumulativa de nascidos vivos (53% para 12 óvulos descongelados recebidos por ciclo) e uma ótima taxa de sobrevida ao descongelamento dos óvulos congelados (cerca de 91%) num total de 3.467 ciclos de óvulos vitrificados doados (quase 40.000 óvulos descongelados e doados). 

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