Infertilidade sem causa aparente explicada durante a FIV

Infertilidade sem causa aparente explicada durante a FIV

Dr. Flávio Garcia de Oliveira

Quando olhamos para os milhares de casais que iniciam a “viagem” para construir a sua família, vemos que a maioria vai conseguir a gravidez no primeiro ano de tentativa, mas outros podem demorar mais tempo ou nunca conseguir essa gravidez.

Quando os casais vão ao especialista em fertilidade, eles querem respostas. Nós conseguimos, através de exames, identificar a causa para a incapacidade de conseguir a gravidez, porém, em cerca de 10% dos casos, um casal vai ter um resultado muito insatisfatório: infertilidade sem causa aparente. É importante entender o que isso realmente significa. Os exames que temos disponíveis somente irão identificar as principais razões pelas quais um casal não consegue ter filhos, mas certamente não é possível identificar todas as razões.

É por isso que muitos casais escolhem finalmente a fertilização in vitro (FIV) para ajudar a atingir seus objetivos familiares. Na verdade, um grande estudo clínico randomizado em casais com infertilidade sem causa aparente chamado FASTT mostrou que os casais que não têm êxito após 3 ciclos de Indução da Ovulação e inseminação intra-uterina (IIU) devem proceder para a fertilização in vitro como seu próximo tratamento. Estes casais engravidarão mais cedo e, portanto, vão gastar menos tempo, saúde e dinheiro com tratamentos.

Muitas vezes, fatores de infertilidade sutis podem ser vistos durante a fertilização in vitro; Por conseguinte, a fertilização in vitro pode também ser muito importante para se chegar a um diagnóstico que não existia anteriormente. Mesmo as mulheres com excelente reserva ovariana podem ter a qualidade do óvulo inadequada. Casais com óvulos maduros e parâmetros seminais normais podem ter o desenvolvimento do embrião inadequado após a fecundação, que só pode ser visto durante a fertilização in vitro. 

Embora a FIV não resolva todos os fatores de infertilidade, ainda é a opção de tratamento mais bem-sucedida para muitos. O risco de gestação múltipla pode ser controlado com o número de embriões que serão transferidos e implantados. A fertilidade da mulher pode ser preservada através da preservação de embriões excedentes que podem ser congelados em sua idade atual e transferidos mais tarde.

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