Endometriose e Infertilidade. Qual a relação?

Endometriose e Infertilidade. Qual a relação?

Viemos compartilhar com vocês esse texto explicativo sobre a relação entre endometriose e infertilidade.

Em primeiro lugar é importante compreender o que é a endometriose.

Todo mês o corpo feminino se prepara para uma possível gravidez. Nesse processo, os hormônios envolvidos na menstruação estimulam o crescimento do endométrio (tecido que reveste o interior da camada uterina), para que haja maiores chances de um provável embrião se instalar no útero.

Porém, quando a fecundação não ocorre, o endométrio desprende-se do útero e, na forma de menstruação, sai pela vagina. Contudo, em aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva, algum fator impede que o endométrio seja expelido completamente.

A teoria mais aceita atualmente é que partículas provenientes do endométrio voltem pelas trompas e acabem alojadas em diferentes pontos da cavidade abdominal. Existe a possibilidade de que elas se espalhem por órgãos como intestino, bexiga e ovários, causando inflamações.

Esse quadro clínico recebe, portanto, o nome de endometriose.

Por que a endometriose prejudica a fertilidade?

Ainda não se sabe ao certo os verdadeiros motivos que fazem a endometriose interferir negativamente na fertilidade.

A principal hipótese defendida pelos especialistas envolve questões anatômicas e hormonais.

As células endometriais aderidas em diferentes órgãos geram cicatrizes e deformações que podem alterar a anatomia do útero e, dessa forma, dificultar ou até mesmo impedir a fecundação do óvulo.

Cientistas e pesquisadores do tema também consideram que as substâncias inflamatórias produzidas pelo organismo quando afetado por endometriose tenham o potencial de prejudicar a ovulação, a fertilização do óvulo e a implantação do embrião.

Outro grande problema relacionado à endometriose e infertilidade é o diagnóstico tardio da doença.

Estimativas apontam que 70% das adolescentes que sofrem com cólicas menstruais severas e que não melhoram com medicamentos, podem estar acometidas pelas endometriose.

O diagnóstico chega a demorar em média 8 anos para ser realizado com precisão e muitas vezes a endometriose só é descoberta quando a mulher, já na fase adulta, está tentando engravidar e não consegue.

Dessa forma, caso você sinta cólicas menstruais muito fortes e, por vezes, incapacitantes, procure o ginecologista de sua confiança.

Tratamentos:

Existem diferentes formas de tratar a endometriose, que variam de acordo com a complexidade de cada caso.

Somente um profissional da saúde especializado pode dizer qual é a melhor forma de tratar a doença.

Anticoncepcionais podem ser receitados em quadros clínicos menos agressivos e para outros casos a videolaparoscopia pode ser a melhor solução.

Esse procedimento cirúrgico é realizado para localizar os focos de endometriose e retirá-los.

Caso as tentativas de engravidar de forma natural não tenham êxito mesmo depois dos tratamentos recomendados, há a possibilidade de buscar auxílio nas técnicas de reprodução assistida.

Para saber mais sobre as possibilidades de tratamentos para fertilidade, clique aqui.

Evidente que alguns fatores devem ser considerados antes de determinar se existe a possibilidade de recorrer à reprodução assistida e quais métodos devem ser utilizados. Por isso, é fundamental consultar um especialista.

Pesquise, procure profissionais capacitados e faça as perguntas necessárias para que as dúvidas sejam esclarecidas. Ter filhos pode ser uma realidade.

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