Tabagismo e Infertilidade

Tabagismo e Infertilidade

Saiba mais sobre a relação entre tabagismo e infertilidade

Fumar é um péssimo hábito para a saúde, isso todos sabem. Entretanto, o que muitas pessoas podem ignorar são os resultados negativos que esse vício tem para o funcionamento do sistema reprodutor, tanto feminino quanto masculino.

A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva afirma que fumantes, de ambos os sexos, têm três vezes mais chances de apresentarem infertilidade se comparados aos não fumantes.

As substâncias tóxicas que fazem parte da composição dos cigarros comprometem a produção de espermatozoides, o funcionamento das tubas uterinas, a composição genética dos gametas, o desenvolvimento embrionário e a implantação do embrião no útero.

Infertilidade Feminina e o Cigarro

Mulheres que fumam um maço por dia podem ter a fertilidade reduzida em até 25% da capacidade natural.

O hábito de fumar contribui para a ocorrência de menstruações irregulares ou mesmo ausência dos ciclos. Entre outros prejuízos que o cigarro acarreta para o organismo feminino, podemos listar:

  • alterações hormonais
  • formação de óvulos com alterações genéticas
  • problemas de fertilização
  • diminuição da reserva de gametas
  • comprometimento na produção de estrogênio

Durante a gestação, fumar pode desencadear outros graves problemas:

  • descolamento prematuro da placenta
  • parto prematuro
  • abortos

O ato de fumar pode, inclusive, antecipar a entrada na menopausa. A queda nas taxas de fertilidade está vinculada ao aumento do hormônio folículo estimulante (FSH) basal, decréscimo da quantidade de folículos primordiais e queda do hormônio anti-mulleriano (AMH).

Essa antecipação da menopausa pode chegar até 4 anos, a depender da quantidade de cigarros fumados por dia e há quanto tempo é praticado o tabagismo.

Infertilidade Masculina e o Tabagismo

Para o homem fumante, os principais aspectos afetados da fertilidade afetados são a produção, motilidade, morfologia e o DNA dos espermatozoides.

Em muitos casos, esses problemas nos gametas são os responsáveis pelo insucesso da fecundação do óvulo.

Entretanto, quando ocorre a fertilização há o risco do embrião apresentar algum tipo de anormalidade genética, o que pode impedir a implantação e início da gestação, mesmo quando a mulher não fuma nem apresenta nenhum problema de fertilidade.

Técnicas de Reprodução Humana Assistida e o Tabagismo

Os casais que, por algum motivo, buscam ajuda nas técnicas de reprodução humana assistida para realizar o sonho de ter um filho, têm as chances reduzidas caso um ou os dois sejam tabagistas. Não é incomum que nessas circunstâncias eles necessitem realizar mais tentativas de fertilização.

Em muitos casos, a estimulação ovariana precisa ser prolongada. Por isso é importante que o médico especialista fique atento para o risco da paciente sofrer com a Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO), que em pacientes fumantes pode apresentar maiores complicações.

Todas essas complicações e prejuízos para a saúde reprodutiva e geral podem ser revertidas pela decisão de parar de fumar. Muita força de vontade é necessária, mas com certeza vale a pena largar esse hábito viciante e prejudicial para aumentar as chances de ter um filho. Procure ajuda psicológica e médica sempre que achar necessário. Converse com sua família e com profissionais de sua confiança. Acredite, é possível vencer o tabagismo.

DISQUE SAÚDE 136 – Serviço de atendimento 24 horas à população pelo Ministério da Saúde.

Algumas dicas importantes que podem ajudar a parar de fumar estão no site: http://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-parar-de-fuma

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