Casais LGBTQIA+ podem ter filhos?

Casais lgbtqia+ podem ter filhos?

Neste artigo iremos responder a questões sobre a possibilidade de casais LGBTQIA+ terem filhos biológicos. Vale a leitura!

Se você deseja ter um bebê ou criar filhos e se identifica como parte da comunidade LGBTQIA+, você tem várias opções para realizar esse sonho, provavelmente mais do que imagina.

Ter filhos como um casal homoafetivo ou como uma pessoa transgênero pode ser um desafio. Afinal, existem obstáculos legais e barreiras financeiras que os casais cisgênero heterossexuais raramente contemplam ou enfrentam.

Problemas de fertilidade em casais LGBTQIA+

Algumas pessoas LGBTQIA+, como casais homoafetivos, experimentarão infertilidade além da infertilidade “situacional”. Além disso, pessoas intersexuais (algumas das quais se identificam como LGBTQIA+) podem ser inférteis ou ter fertilidade reduzida. Todavia, existem diferentes técnicas para auxiliar esses indivíduos. Não se esqueça: a discriminação pode ocorrer em seu caminho para a maternidade, mas não deve te impedir ou atrapalhar.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) tomou uma medida importante ao aprovar uma resolução que permite aos casais LGBTQIA+ ter filhos por meio de tecnologias de reprodução assistida. A legislação garante a segurança e precisão desses procedimentos.

No entanto, como esses casais conseguem conceber? A única alternativa, caso não optem pela adoção, é a fertilização assistida em estabelecimentos especializados.

É importante lembrar que os tratamentos de reprodução assistida podem ser diferentes conforme o gênero dos membros do casal. Conheça a legislação e veja como ela se aplica em cada situação.

Opções para homens homoafetivos tornarem-se pais

Quando se trata de um casal homoafetivo masculino, é necessário recorrer à doação de óvulos. Resolvida essa questão, o próximo passo é escolher qual dos dois dará o esperma que será utilizado para fertilizar o óvulo doado. O último passo para estabelecer a paternidade biológica é encontrar um ser humano com útero para gestar a criança, a conhecida “barriga solidária”. 

Essa pessoa deve ter no máximo 50 anos e um parentesco de até quarto grau de algum dos membros do casal (mãe, irmã, prima ou tia). Caso isso não seja viável, o tratamento ainda pode ser realizado, mas é necessária a participação de uma terceira pessoa sem grau de parentesco, requerendo anuência do Conselho Regional de Medicina.

Como funciona o processo reprodutivo casais homoafetivos femininos?

No caso de um casal homoafetivo composto por mulheres, a questão primordial é encontrar um doador para fertilizar os óvulos selecionados. Felizmente, existem os bancos de doação de esperma para resolver essa questão.

É importante ressaltar que a doação é feita de forma anônima, e as mulheres apenas selecionam os atributos físicos do doador. Com isso, o doador de esperma assina um termo de renúncia aos direitos e deveres relacionados ao bebê. Sendo assim, o método é seguro e o sigilo das pessoas envolvidas é garantido.

Sobre a gestação

Diferentes técnicas de reprodução assistida podem ser propostas para pacientes, dependendo de fatores como idade e reserva ovariana. Algumas possibilidades incluem a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro

Com a inseminação, a paciente que produzir o óvulo também será responsável pela gestação do bebê, já que a fecundação ocorre dentro do seu corpo. Geralmente é feita uma histerossalpingografia para avaliar a permeabilidade das trompas. Caso os resultados sejam favoráveis, pode ser realizada uma estimulação ovariana e em seguida a inseminação propriamente dita.

Com a fertilização in vitro, existe a chance de embriões criados por óvulos de uma paciente serem transferidos para o útero da outra, que carregará o bebê. Essa possibilidade, chamada de gestação compartilhada, não é obrigatória, mas é uma opção interessante e tem sido a escolha de muitos casais homoafetivos femininos.

No caso de nenhuma das partes do casal terem útero, ou alguma outra complicação uterina, podem optar pela barriga solidária.

Opções para casais transgênero

Quando se trata de ter um filho genético, as pessoas transexuais que fizeram terapias hormonais e/ou intervenções cirúrgicas podem enfrentar obstáculos adicionais. O uso de hormônios pode ter uma influência negativa na fertilidade em ambos os sexos.

Essas consequências prejudiciais podem persistir mesmo se a terapia hormonal for interrompida ou pausada. Isso não exclui indivíduos que buscam operações médicas de afirmação de gênero de terem filhos biológicos no futuro. 

Sendo assim, as perspectivas futuras de reprodução devem ser consideradas antes de iniciar qualquer terapia para disforia de gênero. Isso pode implicar na criopreservação de esperma para pessoas trans designadas como homens no nascimento. Isso pode implicar o congelamento de óvulos para pessoas trans designadas mulheres ao nascer.

No entanto, se você não tomou precauções para proteger a fertilidade, não perca as esperanças. O primeiro passo é procurar o conselho de um especialista em fertilidade, de preferência um que tenha experiência com atendimento à comunidade LGBTQIA+.

Ele pode verificar seus registros médicos, fazer alguns testes reprodutivos básicos (se necessário) e ajudar a considerar todas as suas alternativas. Além disso, tenha em mente que ter um filho com a ajuda de uma doadora de óvulos, doador de esperma e/ou “barriga solidária” é uma possibilidade real.

Portanto, informe-se bastante, pesquise por profissionais referenciados na área de saúde reprodutiva e prepare-se para iniciar sua jornada. Em caso de dúvidas, a Clínica FGO está sempre de portas abertas.

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