Grande parte das queixas que atendemos atualmente em nossa Clínica é a dificuldade em engravidar por conta da presença de um mioma. Por um fato simples: é frequente em mulheres acima dos 30 anos, é comum encontrar nódulos de miomas em pacientes com infertilidade ou abortamentos de repetição.
Em primeiro lugar, é importante enfatizar que os miomas são tumores benignos – ou seja, não se transformam em câncer – e que atinge mulheres entre 30 e 50 anos, sendo o maior responsável por cirurgias de histerectomia, para a retirada do útero. O principal sintoma é o aumento do fluxo menstrual, com sangramentos mais intensos e mais longos que o normal.
Os miomas podem aparecer em diferentes partes do útero, e os nomes desses tumores são baseados na sua localização.
Mioma subseroso: Localizado na parede externa do útero. Em geral, esse tipo de mioma só causa problemas quando exerce pressão sobre outros órgãos, como a bexiga ou o intestino.
Mioma intramural: O tipo mais comum. Ele fica localizado dentro da parede muscular. Embora a maior parte dos casos seja assintomática, algumas mulheres podem perceber alterações no fluxo menstrual em decorrência da presença do mioma.
Mioma submucoso: Esse tipo fica alojado no revestimento interno do útero e, a depender de seu volume, ocupa uma grande parte da cavidade do órgão. É o tipo de mioma que está mais associado a sintomas desagradáveis.
Em alguns casos mais raros, pode acontecer de o mioma ficar interligado ao útero por meio de uma haste de irrigação, sendo chamado de mioma pediculado, ou então se alojar no canal cervical e entrar em parturição, sendo exteriorizado para o canal vaginal.
Principais sintomas do mioma
Os miomas uterinos provocam uma série de sintomatologias que podem impactar ou não a qualidade de vida das mulheres, como por exemplo:
- Aumento do fluxo, mais prolongado, com a presença de coágulos sanguíneos;
- Dor e incômodos na região pélvica;
- Dispareunia: Dor durante as relação sexual;
- Cólicas intensas;
- Inchaço abdominal;
- Dificuldade em urinar ou constipação intestinal crônica;
- Aumento da frequência para urinar;
- Anemia por deficiência no ferro, por conta do fluxo abundante;
Além disso, mulheres com a doença podem ter dificuldade para engravidar. Estima-se que os miomas uterinos estejam ligados a até 10% dos casos de infertilidade feminina.
A origem do mioma é incerta, porém sabe-se que são tumores estrogênio-dependentes, que tendem a diminuir muito após a menopausa. A doença também é mais comumente encontrada em mulheres negras, obesas, hipertensas, com histórico familiar de miomas, além daquelas que tiveram a primeira menstruação mais jovem e as que foram mães mais tarde.
Os miomas uterinos, portanto, nem sempre causam infertilidade. Quando isso acontece, é possível tratar a doença e, caso necessário, utilizar técnicas de reprodução assistida.
Técnicas de reprodução humana podem ajudar?
Quando ainda é desejo da paciente ser mãe e não obteve sucesso mesmo após a miomectomia, o ideal é recorrer a técnicas de reprodução assistida. A principal delas é a fertilização in vitro (FIV), onde a mulher passa por um tratamento de estimulação ovariana, utilizando hormônios injetáveis.
Após essa etapa, os óvulos e espermatozoides são coletados para fertilização que acontece no laboratório. Os embriões que foram formados nessa fase ficam entre 3 e 5 dias em cultivo in vitro, para que sejam transferidos para o útero da mulher, em suas melhores condições.
Para a transferência embrionária é se suma importância que a cavidade uterina esteja em ótimas condições, favorecendo a implantação do embrião.
Por isso, o ideal é que a mulher realize a miomectomia antes da FIV, garantindo que não haja deformidades, coágulos ou outras alterações que são característicos dos miomas.
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